Fluir
A arte de saber fluir não requer nenhuma técnica complicada, porém a simples constatação de que somos nós que complicamos a vida. Inspire, deixe vir. Expire, deixe ir.
Agora, nesse momento em que você lê esse texto: pause.
Pause e observe.
Sinta tudo que pulsa em seu corpo: seu coração, sua respiração, algum músculo, seus pensamentos....
Feche os olhos e sinta um pouco mais.
Deixe-se estar estar presente em seu corpo com tudo que aí esteja, da exata maneira que se apresenta....sem achar que precisa ter uma opinião ou explicação para o que encontrar.
Inspire. Expire.
A arte de saber fluir não requer nenhuma técnica complicada, porém a simples constatação de que somos nós que complicamos a vida.
Se pudermos nos imaginar como sendo todo um oceano, “tudo” que você encontrou em si mesmo, seriam as ondas.
Por um acaso você consegue segurar uma onda e impedir que ela se estoure?
E uma vez que a onda se estoura, o oceano inteiro se acabou?
Pois então, tendemos a pensar assim sobre nós mesmos: insistimos em nos iludir, escondendo ou editando o que realmente sentimos e acreditamos que conseguiremos reprogramar todo o nosso oceano para termos apenas certos tipos de ondas e rejeitar todas as demais. E quando “falhamos” nessa missão impossível, nos punimos.
Acontece que esquecemos que a natureza é livre, e assim também somos nós.
A beleza da vida se encontra justamente nesse balanço, nessa troca em cada instante que guarda a espontaneidade do incerto de todas as infinitas possibilidades.
E poder participar dessa contínua criação através de uma presença consciente, sem a rigidez das certezas absolutas ou a cobrança dos moldes pré definidos é o melhor presente da vida. É libertador.
Ouse praticar um olhar curioso de quem cultiva a sábia inocência de um eterno aprendiz; sabendo receber o que está disponível e doar o que se tem de melhor.
Em cada instante.
Inspire, deixe vir. Expire, deixe ir.
Por Helena Alves
@shangahyoga